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Em qualquer evento dedicado à arquitetura, quer se realize em universidades ou entidades ligadas ao BIM (Building Information Modeling), a presença de empresas e profissionais que prestam serviços ou tecnologias associadas a esta tecnologia estão presentes em cada vez maior escala. O que é, para que serve e porque é tão importante esta ferramenta?
São vários os representantes de software e outros serviços que se fazem representar e que não perdem um evento desta natureza. Parece que todo o setor se rendeu a esta nova abordagem, que até há uns anos era (quase) totalmente desconhecida.
Building Information Modeling, ou BIM, são as iniciais que representam esta metodologia. Simplificando, poderíamos dizer que é um “Modelo de Informação na Construção”. E é precisamente isso, um modelo, um processo que consiste na geração de dados de um edifício durante o seu ciclo de vida e a sua representação tridimensional... e ainda, tudo isto em tempo real.
Mas por que razão esta metodologia de trabalho está a revolucionar o setor da arquitetura?
Damos-lhe algumas pistas.
O BIM permite um acesso imediato (inclusive em tempo real) à informação de qualquer produto. Aos arquitetos, enquanto profissionais, não lhes sobra muito tempo e por isso eles agradecem. É, assim, uma potente ferramenta de produtividade na hora de desenvolver um projeto.
Por outro lado, com o BIM, a coordenação e cooperação entre profissionais e equipas é maior. A metodologia não só possibilita uma poupança de tempo, como também faz com que os projetos sejam mais eficientes e coordenados, até porque o BIM é uma linguagem comum a todos os países. Um arquiteto norueguês pode aceder sem problema a uma biblioteca BIM de um fabricante português.
É uma metodologia de trabalho, que acompanha todo o ciclo de vida dos edifícios, desde o projeto de uma obra de edificação, até à sua manutenção e integração na cidade. Este fator permite uma maior eficácia e sustentabilidade ao projeto final.
E uma nota decisiva: dentro de relativamente pouco tempo, o BIM será obrigatório para todos os edifícios e infraestruturas públicas, independentemente da sua dimensão. Na verdade, se até agora o âmbito se circunscreve a projetos acima dos €2M, em 2020 esse critério deverá ser estendido a todos os equipamentos e infraestruturas públicas, que deverão ser desenvolvidos com a metodologia BIM em todas as suas fases: desenho, construção e manutenção.
As grandes empresas já se converteram à realidade BIM. Pelo menos as que apostam na inovação e na assessoria especializada a arquitetos. O BMI Group, por exemplo, já possui bibliotecas dos seus produtos desde 2013, em vários formatos compatíveis com diferentes softwares. De momento, podem ser encontradas e descarregadas gratuitamente as soluções mais inovadoras, nas plataformas BIMobject e Polantis, ambas líderes a nível mundial.
Se é um BIM adict, ou se já se converteu, o que espera para os visitar?