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Na hora de levar a cabo grandes superfícies comerciais ou industriais, é necessário prestar especial atenção à cobertura, já que, além de proporcionar a óbvia proteção face aos elementos, esta deve ser fácil de manter, duradoura e segura, já que muitos elementos e instalações (como a refrigeração) podem ser fixas na superfície. E, obviamente, requer uma impermeabilização à prova de intempéries.
Nos dias de hoje os principais materiais disponíveis para a impermeabilização das coberturas planas são:
Membranas asfálticas;
Membranas sintéticas de PVC;
Membranas sintéticas de TPO.
As primeiras encontram-se em claro declínio neste tipo de mercado, já que a impermeabilização com membranas sintéticas - seja de PVC ou de TPO - se está a impor pelo seu desempenho superior. Na hora de escolher um sistema de impermeabilização para coberturas, em que a impermeabilização vai estar exposta, devem ser tidos em consideração vários aspetos, como o clima e as prestações mecânicas.
Qualquer que seja a sua origem, o PVC é um cloreto de polivinil e, como tal, requer na sua composição química uma série de plastificantes para obter todas as propriedades dúcteis e maleáveis necessárias numa membrana, além de uma carga de metal pesada em formulação resistente ao fogo externo (certificação BRoof T1), que são e serão altamente voláteis na exposição à radiação UV.
Isso faz uma diferença fundamental, quando comparado com as poliolefinas termoplásticas do TPO, que não possuem uma formulação química que se degrade com a exposição à radiação UV.
Para comprovar empiricamente este facto, podemos ver os resultados refletidos por organismos independentes, mediante testes de durabilidade, como o realizado pela ASTM (autoridade reguladora máxima dos EUA). Os dados obtidos são de que o TPO suporta 32 semanas em envelhecimento acelerado no exaustor a 116ºC, enquanto o PVC-P suporta 8 semanas em envelhecimento acelerado no exaustor a 80ºC. Estes dados são contundentes. Além disso, neste teste, verificou-se que o PVC-P é capaz de suportar 6300 kJ/m2 a 63ºC, enquanto o TPO aguenta 10080 kJ/m2 a 80ºC. Incrível!
A alta refletância dentro deste tipo de materiais também é um fator a ter em conta. Por exemplo, a BMI fabrica um dos TPO mais estáveis do mercado, o que pode ver-se na página online do Cool Roof Rating Council, onde a membrana EverGuard TPO está certificada com um Índice de Refletância Solar (SRI), em três anos, em torno de 14%. Ou seja, esse sistema TPO permanece mais branco por mais tempo.
Outro dos fatores a ter em conta são as prestações mecânicas oferecidas por ambos os tipos de membrana. Neste caso, é possível fazer uma comparação entre o EverGuard TPO da BMI e um dos principais fabricantes de PVC do mercado.
Resistência à tração, segundo a EN 12311-2: EverGuard apresenta um valor de 1150 N/50 mm enquanto o PVC tem 1000 N/50 mm.
Resistência à rutura, segundo a EN 12311-2: EverGuard TPO apresenta 20% e PVC compete com 18%.
Dobrado a baixas temperaturas (muito importante em todas as trocas de plano e remates), segundo a EN 495-5: EverGuard TPO apresenta -35ºC, enquanto o PVC -25ºC.
No entanto, embora o TPO tenha maior resistência a intempéries e ruturas, a verdade é que o PVC também oferece uma série de recursos muito vantajosos. Por exemplo:
Tem maior resistência química e não enfraquece com óleos e gorduras;
Além disso, é um pouco mais flexível que o TPO;
E a sua instalação é simples (embora ambas as membranas se soldem bem, no entanto, o TPO exige temperaturas mais altas).
Talvez estes dados possam surpreender alguns profissionais cujas preferências recaem sobre o PVC e que talvez não conheçam o progresso feito na formulação do TPO nos últimos anos. Portanto, na próxima vez em que pensar qual será o produto que melhor funcionaria numa membrana exposta, esta breve comparação poderá ser-lhe útil. E, em caso de dúvida, pode consultar o Serviço Técnico BMI, através de apoio.tecnico@bmigroup.com.